Neste tipo de jogos, a área de jogo será o primeiro espaço que a criança irá explorar, e o segundo será o espaço compreendido entre o eu e o outro. Tal permitirá que a criança adquira a noção de que a gestão de uma emoção entre duas pessoas não poderá ser a mesma conforme estejam perto ou longe uma da outra.

Descobrirão também que o primeiro espaço a dominar é o próprio corpo. O domínio deste espaço exterior levá-las-á a terem consciência do respectivo espaço interior.

 

 

As árvores e o lenhador

 

Objectivos:

 Ocupar um espaço

 Apropriar-se de um novo espaço

 Aceitar a decisão de outra pessoa

 

Materiais:

           Não são necessários.

 

Desenvolvimento:

Uma criança do grupo é o lenhador, as outras são as árvores. Estas passeiam-se pelo espaço em que decorre o jogo e, a um sinal do lenhador(por exemplo, bater as palmas), vão “plantar-se” no chão (paragem e imobilidade), bem distribuídas pelo espaço. Não deve haver “buracos” significativos entre as árvores.

Se o lenhador pensar que as árvores estão mal plantadas (por exemplo, muito próximas umas das outras ou todas juntas no mesmo sítio), arrancá-las-á e irá replantá-las onde houver lugares livres.

Quando o lenhador tiver a certeza de que todas as árvores da sua floresta estão correctamente distribuídas, fará um novo sinal (a combinar antes do início do jogo) e as crianças retomarão a marcha.

Rotativamente, as crianças serão árvores e lenhador.

 

 

 

Ana, mana Ana…

 

Objectivos:

 Apropriar-se de um novo espaço

 Desenvolver os reflexos visuais

 Memorizar uma visão breve

 

 

Materiais:

Não são necessários.

 

Desenvolvimento:

As crianças caminham na área do jogo a um ritmo normal. Quando o adulto bate as palmas ou pronuncia a frase: “Ana, mana Ana, o que é que vês?”, todas devem parar e dizer em voz baixa, mas com clareza, o que se encontra mesmo diante dos seus olhos, seja o que for(pessoa, móvel, etc.) e depois reiniciam o movimento.

O adulto faz parar as crianças cinco a seis vezes e de cada vez estas terão de verbalizar o que o olhar registou.

 

 

O balão dirigível

 

Objectivos:

  Apropriação de um espaço em grupo

  Concentração do grupo

  Trabalho de contacto sensível

  Individualidade ao serviço do colectivo

 

 

Materiais:

Não são necessários.

 

Desenvolvimento:

O grupo de crianças reúne-se num canto da área de jogo. Ficam todas bem juntinhas umas às outras, não sendo no entanto obrigatório darem as mãos. Tendo o adulto designado um ponto num outro canto da sala, o grupo vai dirigir-se para ele, com os olhos fixos naquele ponto imaginário.

As crianças devem fazer como se estivessem no mesmo balão: o grupo deve assim encontrar um único e mesmo ritmo e trabalhar sobre uma respiração comum.

Poderá haver um prolongamento: uma criança é colocada diante do grupo e representar assim, o pólo de atracção para o qual o balão dirigível se dirigirá. Deste modo, cada uma poderá ter um olhar crítico e compreender melhor o seu investimento quando estiver no balão.

 

 

As casas

 

Objectivos:

  Desenvolver a atenção e a capacidade de observação

  Dominar o espaço

  Promover o respeito pelos outros

 

 

Materiais:

Giz

 

Desenvolvimento:

Antes do início do jogo, marcar com giz as “casas”, em número igual ao número de crianças, que vão ser as “donas de casa”.

Inicia-se o jogo: as donas de casa vão imaginar que andam no mercado, passeando à vontade, até que começa a chover (representada pelo toque do pandeiro, que a educadora terá na mão). Todas terão de se abrigar, inclusive a educadora, no entanto haverá uma que ficará de fora. Vai ser essa criança que passa a dirigir o jogo (executa o toque de pandeiro) até que outra fique de fora.

 

 

 In: Jogos de Expressão Dramática na Pré-Escola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por olharovazio às 16:15